Ainda existem muitos mitos cercando a CAA (Comunicação Aumentativa e Alternativa). Dizem que ela “atrasa a fala”. Dizem que é caro e difícil de implementar. Dizem que é como “desistir da fala” da criança ou adolescente.
Eu tenho batido muito nessa tecla ultimamente por ver a diferença que a comunicação alternativa fez aqui em casa com o Theo, meu filho, que tem 11 anos e é autista não verbal. Quando você dá uma voz ao seu filho, os comportamentos disruptivos caem absurdamente. Porque a gente precisa lembrar sempre que comportamento é comunicação. Se uma criança não consegue se comunicar pela voz ou por outra forma, ela vai usar o comportamento pra isso.
Falei muito disso nesse vídeo aqui:
É comum eu ouvir de professores, que me escrevem pedindo ajuda, que o aluno autista bate e morde os coleguinhas. Vocês conseguem imaginar a frustração de uma criança frente à dificuldade de se comunicar e, portanto, de interagir com os amiguinhos?
Comunicação alternativa, pra mim, é direito humano essencial. Todos deveriam ter acesso.
Tendo dito isso, o Ahmed Ali é autista não verbal e fez um discurso em sua formatura no ensino médio usando justamente CAA.
E é isso que eu queria dividir nesse post. Já aviso que é difícil não chorar!!
Um dos maiores presentes que podemos dar a nossos filhos não verbais é uma voz, seja ela qual for.
P.S: embaixo do vídeo, à direito, existem as letrinhas “CC”. Se elas estiverem ativadas, vai aparecer uma legenda automática em inglês. Basta você clicar na engrenagenzinha bem ao lado do “CC”, selecionar “subtitles” (legendas), depois “auto-translate” (auto-traduzir) e escolher “português”!
Para saber mais sobre métodos de CAA, clique AQUI.
Para dicas de como preparar uma pastinha de PECs (comunicação por troca de figuras), clique AQUI.
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