Theo passou um bom tempo do fim de semana assim: deitado no chão, olhando a própria imagem no espelho do hall de entrada.
Publiquei este texto, ontem à noite, na fan page:
“Meu corpo não me atende muitas vezes. Entendo tudo o que é falado, penso, sinto, mas não consigo transformar isso tudo em palavras.
Ontem, chorei muito. Aparentemente, do nada. Não um choro de crise, de descontrole ou de birra. Um choro silencioso cheio de soluços e tristeza. Todos notaram o motivo: eu escuto as conversas e sei que meus avós estão indo embora.
Meu pai também vai viajar amanhã. A casa vai passar de muito cheia a muito vazia. Amo essas pessoas. Tenho saudades. Só não consigo colocar isso em palavras. Aí, a tristeza enche os olhos e cai em forma de lágrimas.
Hoje eu até vomitei. Isso tem acontecido ultimamente quando fico ansioso. É como se eu colocasse pra fora as palavras que não consigo dizer.
Minha mãe conversou muito comigo e explicou que o papai já volta. E que daqui a pouco vamos, de avião, visitar o vovô e a vovó. Jantei bem. Dormi tranquilo. Vou torcer pro tempo passar bem rápido!”
Hoje, os comportamentos que traduzem emoções – e comunicam – continuaram. Theo acordou às 4 da manhã e não quis voltar para a cama. Acredito que ele queria curtir ao máximo a companhia do pai. E, pela manhã, ele seguia sua avó pela casa aonde quer que ela fosse. Puxava-a pela mão para todos os cantos. Na cabecinha dele, provavelmente, ele acreditava que, se a vigiasse de perto, ela não teria coragem de ir embora. E foi com ela, assim, juntinho, para o carro.
A caminho da escola, ele cedeu, finalmente, a um choro desconsolado e desesperado. Não queria ir e se despedir dos avós. Não queria descer do carro. Já no colo do avô, agarrado e com o rosto escondido em seu pescoço, chorava e não queria entrar na escola. Só melhorou um pouco ao ver o Mark, seu professor favorito, que percebeu a situação e veio buscá-lo na porta. Foi entrando já sem choro, mas com o olhar triste.
E, do lado de fora, três adultos liberaram o choro que tentaram conter, meio sem sucesso, na frente dele.
Muitas pessoas me disseram coisas bonitas ontem. Algumas disseram que isso é um sinal positivo, de consciência total do que acontece ao redor dele, de inteligência. Pode ser. Mas o que ficou bem claro pra mim foi que o Theo é uma criança extremamente amorosa. Ele ama muito e sofre muito pela ausência das pessoas que são especiais pra ele. E sofre por não conseguir expressar isso tudo. Sofre por não conseguir dizer “vovó, por favor, fique um pouco mais”. Por não conseguir falar “papai, por favor, volte logo”.
Ao me colocar no lugar dele, sinto meu coração pequenininho. A única coisa que posso fazer é conversar, explicar, dizer que o papai volta logo, e que logo estaremos com a vovó e o vovô de novo. Sei que ele precisa passar por isso. Aprender a lidar com a tristeza e a frustração é doloroso, mas necessário. Muita gente boa que está por aí fazendo os outros sofrerem não aprendeu a lidar devidamente com a frustração na infância. Mas precisava ser tão difícil? 🙁
Para encerrar, nos comentários da fan page, uma leitora (Ana Margarida) colou o link de uma linda música, interpretada por uma cantora lírica. Fui atrás da história da música e me acabei de chorar aqui.
“Thula Baba”
É uma linda e tradicional canção de ninar Zulu. Ela é cantada pela mãe para o filho quando eles estão esperando o pai voltar para casa do trabalho. Aqui vai a tradução:
“Acalme-se, minha criança
Acalme-se meu bebê
Acalme-se, o papai estará em casa quando amanhecer
Há uma estrela que vai guiá-lo para casa
A estrela vai iluminar seu caminho de volta
Os montes e pedras ainda são os mesmos, meu amor
Minha vida mudou, sim, minha vida mudou
As crianças crescem, mas você não sabe, meu amor
As crianças crescem, mas você não as vê crescer”
Acalme-se, Theo…papai já volta, meu amor! Vovô e vovó estão só a um mês de distância! Enquanto isso, mamãe e Lola te enchem de amor, carinho e cafuné.
O que dizer numa hora dessas Andrea? sinceramente não sei! chorei pelo Theo… o meu pequeno também é assim! absorve tudo muito rápido e com muita intensidade, é de uma sensibilidade enorme… espero que essa dor que ele sente passe logo! beijos!!!
Bom dia, Andrea! Chorei desconsolada aqui, um choro de frustração, por não conseguir entender o que você entendeu e colocou tão belamente em palavras.
Minha irmã mais nova, Lila, é autista. Tem 38 anos e é o nosso “nenê grande”.
Em 2013 perdemos nossa mãe, a referência dela para tudo nesta vida. Nossa mãe foi guia, professora, médica, conselheira, psicóloga, psiquiatra, terapeuta e… mãe! Ensinou nossa irmã a escrever, a ler, a tomar banho sozinha, a comer, a dizer bom dia. Nossa mãe foi o universo mais completo da minha irmã.
Pois bem. Quando da partida da mamãe, a Lila não chorou. Ficou perto do caixão se despedindo à maneira dela, silenciosa. Dias se passaram e ela quieta. Meses se passaram e ela, quieta. Um ano se passou e ela ainda quieta.
Passou a dormir no quarto que era da nossa mãe, talvez uma maneira de sentir o aconchego de antes.
No ano passado por ocasião de Finados, estivemos no cemitério, coisa que fazemos a cada 15 dias, e ela surpreendentemente chorou. Um choro sentido, saudoso. E disse “a Lila tem muita saudade, mamãe. A Lila está muito sozinha.”
No dia das Mães deste ano, 2015, fomos ao cemitério como de costume, “levar florzinha para a mamãe, né”. Lá chegando, e como sempre, chorei. Minha irmã então, do alto da sua sabedoria, me abraçou (coisa que raramente faz) e disse “não chora, mana, a mamãe está bem, né, não tem mais dor, está com Jesus”.
Aí, do nada, chorou comigo. Abraçou-se a mim, logo a mim, esta pessoa sem paciência que a ama de um jeito torto, me consolou e me acarinhou.
E eu, que tenho tão pouco a oferecer perto do que minha mãe foi, me senti grandemente amada. E isso me deu forças para continuar e aceitar a missão que me ficou, de cuidar dela, de estar com a Lila para o que der e vier.
Quando leio seus posts, sinto um pouco do que a nossa mãe sentiu. Um amor imenso dentro do peito por uma pessoa que não consegue expressar o que sente, mas sim, sente, tem sonhos, ama, deseja, tem medo, tem saudade.
Você é a referência do Theozão. Sinto daqui a sua preocupação, seu amor incondicional e principalmente sua dedicação a esse menino lindo. Que você tenha a força que minha mãe teve, querida. Que saiba discernir entre a firmeza e a braveza que às vezes se fará necessária. Que saiba ter o seu próprio tempo para processar tudo o que ainda virá. Que continue entendendo seu filho, encarando o que preciso for por ele. Mas que sobretudo seu amor seja assim, doce, meigo e profundo… como todo amor de mãe de verdade é.
Você me ensina muita coisa. E por isso tenho gratidão. Fiquem bem.
Ele vai se acalmar, tenho certeza. Porque, como dizia Chico Xavier, “isso também passará”.
Um grande beijo em vocês.
Mônika Mayer
Nossa, que palavras lindas Mônika, me emocionei duas vezes, com o post da Andrea e com seu comentário. Eu não tenho um #anjoazul na minha vida, mas o amor visceral de voces me emociona e me faz querer ser uma mãe melhor a cada dia pro meu filho. #SouFã de vocês e que Deus continue as abençoando.
Amém, Inês!! Tenho certeza que você é uma super mamãe! Beijo e fique com Deus!
Mônica, você quase me matou de chorar com esse comentário! Que coisa mais linda! Que irmã especial que você é! <3
Grata, Andréa… amor faz dessas coisas, né? Grande beijo em você e no Theozão! Aproveitem o calorzinho!! <3
Sem palavras… espero que meu Bu e Nicolas possam se um para o outro o que você é para a Lila… garota de sorte a sua irmã…
Serão sim, Simone! Acredite nisso… os anjos azuis não aparecem na nossa vida em vão! Grande abraço e gratidão pelas suas palavras!
Que lindo Mônika!
Com certeza que esse seria o maior desejo da sua mãe, você cuidar da sua irmã como se fosse ela…
Que Jesus te dê toda a sabedoria necessária! beijos!
Gratidão profunda pelas suas palavras… tenho certeza que Jesus me abraça todos os dias e me dá força para ser uma boa irmã! Abraço, Juliana!
Respirando fundo aqui pra não chorar no trabalho. Theo é especial demais.
eu tbm!
Preciso aprender a não ler seus posts no trabalho…
Chorando em 3,2…
Idem!
Oi Andréia tudo bem??!!
Estou desesperada, li seus outros posts e já nem sei mais o que pensar.
Meu filho tem 1 ano e 8 meses, é lindo,esperto,carinhoso,adora me beijar e abraçar.Adora musica,desenhos,dançar,pular,está sempre sorrindo, gosta de correr ao ar livre,gosta de crianças, de bola,de instrumentos musicais…. O que me intriga a algum tempo (e os pediatras insistem em dizer ser normal) é o fato dele não ter falado aínda!!!!! Balbucia apenas palavras como “mamamamama” e “bababa”,”dididi”,”buuu…”, sem se referir a algo específico, diz isso sempre que quer alguma coisa ou sem motivo mesmo.Quando o chamamos pelo nome quase nunca ele olha e não entende quando pedimos para ele pegar alguma coisa. Parece que não ouve o que estamos dizendo.Porém, é só ouvir um som de uma música que ele para logo o que está fazendo e começa a dançar, pular, fica felizz!!!! Por isso desconfio que o problema dele não seja audição!!!!!!!!!! Também gosta muito de tirar e por a chave na fechadura, encaixar puxadores nas gavetas e colocar coisas nas tomadas. Quando dou as coisas pra ele comer enfia tudo na boca de uma vez, porém, sabe para que serve os garfos e colheres,já está aprendendo a comer sozinho. Sabe pra que serve o pente(apesar de não gostar muito de pentear o cabelo),a escova de dentes, o telefone.Coloca o telefone na orelha e fala huuu…., como se estivesse imitando conversar com alguém.Acena dando tchau e manda beijo (quando ele quer). Não estranha as pessoas nem lugares e tem mania de pegar no seu próprio cabelo quando está com sono e no meu, tem vezes que puxa meu cabelo como se quisesse arrancálo.Não é toda comida que ele aceita(não gosta de frutas por exemplo),adora animais… Minha sogra reclama que quando ele chega na casa dela ele não olha para ela, já chega olhando pra tudo, menos pra ela,mesmo ela falando com ele. Olha quando apontamos pra alguma coisa e aponta para o que quer,imita algumas coisas que fazemos(não imita caretas), sabe calçar seu crocs sozinho,tudo coloca na boca,abre a gaveta do armário e pega o que quer(colher por exemplo), fica colocando ela na boca e depois vai lá, abre a gaveta, guarda a colher e fecha a gaveta de novo.Faz isso com tudooo,adora abrir e fechar portas e gavetas.Quando cai logo levanta, reclama mais não chora,parece não ligar.Parece interagir normalmente com as outras crianças.Enfim, o que mais me preocupa é o fato dele não dizer nada aínda…… e não olhar quando o chamamos………Você acha que devo procurar um especialista??? Acha que ele pode ter algum grau de autismo???
Comecei a pesquisar sobre isso a uns 3 dias e vi que ele parece ter alguns sintomas e outros não!!!!!!! A professora da escolinha que ele freqüenta a 4 meses nunca me disse nada sobre ele parecer diferente. Meu marido acha que eu estou procurando pêlo em ovos e os pediatras dizem que é normal!!!!!!!!!!! Te peço por favor, me responda assim que puder, sou de campinas-sp, conhece algum especialista aqui????? Estou aflita, só faço chorar, tenho medo!!!!!!!!!! Desde já agradeço e desculpe o desabafo.
Vânia, eu passaria em um especialista nem que seja pra descartar alguma coisa. Pediatra sempre vai achar tudo normal. Aqui na nossa lista de médicos tem alguns de Campinas. Dá uma olhada: https://www.lagartavirapupa.com.br/medicos-e-cia
Obrigada Andréia por ter me respondido assim tão de pressa, que Deus te abençoe e a seu filho lindo!!!!!!!!!!!!!!!
Vou procurar ajuda sim,independente do que os pediatras dizem é a vida do meu filho!!!!!!!!!!!!! bjs….
Em 22 de junho de 2015 16:31, Disqus escreveu:
Vania sou de campinas tbm e tenho quase mesmo coisa q vc aki em casa… Posso te ajudar se quiser… Entre em contato comigo… raquel@ustravel.com.br
Ola regina, vou a campinas levar meu filho para consultar um especialista, voce poderia me passar umas dicas.. Meu email mariaelvira_alves@yahoo.com.br, muito obrigado
Vania lendo seu post acendeu uma luz vermelha aki em casa, incrível tava descrevendo o meu Davi certinho, acho q vou a campinas levar ele por questões logistica, espero q possamos trocar umas dicas, meu email e mariaelvira_alves@yahoo.com.br bjs
Boa tarde, pessoal
Meu nome é Marcos, e sou pai do João Pedro, de 3 anos. Ele é uma garoto fantástico e eu busco ao máximo ajudá-lo e ser um pai presente e participativo.
Gosto muito do blog, e confesso que sinto falta de referências masculinas quando o assunto é autismo. Só ver os comentários dos posts pra perceber que são mulheres quase exclusivamente a participar e interagir. Cada livro, cada filme sobre autismo, é marcante a importância das mães na vida dessas crianças. Cada sessão de terapia em que levo meu filho e só vejo mães com seus filhos, cada curso e palestra que participo e vejo 70, 80, 90% de participação feminina me faz pensar: ONDE ESTÃO OS PAIS?
Desculpem o desabafo, mas eu quase me sinto ofendido quando vejo alguém falar da importância da MÃE para os autistas, pois, assim como minha esposa, faço atividades com o JP, levo na maioria das terapias, levo pra vacinar, dou banho, brinco, faço atividades da escola, coloco uniforme (o que nem sempre é simples), ensinei ele a beijar as pessoas, a abraçar, a dar bom dia, boa noite, tchau… Mas daí paro pra pensar e me sinto absolutamente a exceção.
Hoje, uma pessoa que gosto muito de seguir é o Marcos Mion, que mostra com orgulho seu filho e sua família. Já que há tantas mulheres aqui, por favor, me digam, é tão raro assim os pais serem ativos e atuantes na vida de seus filhos?! Eu, o Marcos Mion, somos exceções?! Gostaria de estar equivocado.
Ainda, há algum blog de pai contando as suas experiências com seu(s) filho(s) autista?
Obrigado!
Marcos, não quero ser injusta com ninguém, mas o que você vê é um reflexo da realidade. As mães, em geral, acabam abraçando mais a causa e falando mais do assunto, participando dos fóruns, buscando informação, compartilhando conhecimento. Eu conheço poucos pais realmente envolvidos. Você é um dos únicos a vir aqui comentar. Na fan page é igual. Fico sempre muito feliz quando um pai aparece! Não conheço nenhum blog de pai de autista. Só o Instagram do Pablo, que tira fotos do filho autista no balanço, conhece? É o @pablobypablo
Marcos, eu sigo e gosto muito do “Autism Daddy”, um cara bem bacana (e muito irônico, engraçado) que mora em Nova Iorque e tem um filho com autismo bem severo. O filho dele tem 13 anos. O blog é muito interessante… Vale a pena visitar. Beijos!
Ah, sim, fora do Brasil tem mais. Sigo o John Elder Robinson (que é asperger e tem filhos asperger também), o Autism Daddy e o Lou’s Land.
Obrigado pela dica! Vou conhecê-lo!
verdade! meu marido se recusa a digerir o recente diagnóstico de TEA!
Olá Marcos,
Acho que é mais pelo fato das mulheres serem mais pacientes no sentido de parar para ler e seguir um blog, pelo menos os homens que convivo não tem esse hábito…
Meu marido é um pai bem presente, leva nas terapias, sai pra passear sozinho com ele, sou eu quem leio e repasso pra ele tudo que é interessante sobre o assunto…
e maravilhosa a foto que tirou do Theo. Traduz o texto inteiro.
Olá Andrea!
Todas as vezes que sentimos nossos pequenos sofrendo e isso é inevitável, é realmente muito angustiante. Aqui no Brasil, em Campo Grande MS, temos tido ótimos resultados com a terapia floral para pais e filhos. As crianças com autismo estão melhorando muito em vários aspectos, melhoram agressividade, qualidade de sono, concentração nas atividades de aprendizagem, fala, socialização. Alguns até com crise de pânico ou autoagressividade melhoraram bastante. Se vc quiser experimentar com o Theo, me mande msg. Sou terapeuta floral e estou estudando quais as essências que podem dar melhor resultados para os nossos anjos. Estou atendendo várias crianças do nosso grupo do whats. Ajudo sem cobrar nada e farei o mesmo por vocês com o maior prazer.
Grande abraço.
oi, Giani!
Moro na Suécia e já me falaram dos benefícios dos florais.
vc sabe se acho por aqui? nunca vi…Ou como poderia comprar pela internet..pela amazon ou vindo de outros países na Europa.. voce poderia escrever pro meu email?
fico muito agradecida!
obrigado e bom dia!
Oi Fla G, descupa minha ignorância, mas não consegui localizar seu endereço de email, kkkkk. Se vc consegue localizar o meu, manda uma msg pra mim. Acho que no exterior é mais difícil mesmo ter acesso aos florais, pelo menos isso temos de bom aqui no Brasil, vc acha facilmente florais de todo mundo. Se vc tiver algum parente por aqui que possa mandar pra vc, eu passo a fórmula, eles mandam manipular e enviam pra vc. Se naõ tiver vc me ajuda a fazer isso que tbm não sei como faz.
me adciona, preciso de ajuda pois tem um garotão que vem abatido a dias!
75-9198-6468
Andrea,
Acompanho você no Face há um tempinho…nem lembro como te achei. Acho que te vi na comunidade de brasileiros na Suécia. Você é muito especial e seu filho também. Deus te abencoe, pra que voce continue cuidando tão bem do Théo e ajudando tantas pessoas. Eu nao moro na capital, mas espero um dia, quem sabe, conhecê-los!
um beijo grande e forca!
gostaria de falar uma frase que Chico Xavier tinha logo acima de sua cama: Isso também vai passar!
É uma frase para os momentos bons e ruins. Para nos lembrar de aproveitar cada bom momento, pq ele passará. E para termos fé nos momentos difíceis, pq cada dia é um dia diferente e a dificuldade passará. O sol nascerá no outro dia.
Um beijo grande e um abraco apertado!
Flaviana
Ola pessoal, eu sou o Neto, casado com a Heloisa, somos pais do Pedro de 1a e 7m.
Nós moramos no Paraná.
Hoje, 25 de junho, tivemos um “pré-diagnóstico” do autismo do Pedro.
Eu estou completamente perdido… Sem chão!!!
Enfim, segunda-feira começam os exames para saber o nivel em que ele está, mas pelo que tenho pesquisado é bem leve.
Li todos os comentários desse post e ele se encaixa em todos.
Ele é lindo, forte, grande, amoroso, brincalhão, esperto, adora musica, imita gestos e sons mas parou de falar o que já falava (mãe, pai, vovó, goooolllll, tchau…) e principalmente a responder aos chamados e olhar nos nossos olhos, e foi o que nos chamou a atenção.
Enfim, ainda não consigo escrever, muito menos falar sobre isso.
Faz uma semana que choro sem parar… As vezes de medo, outras por ansiedade no resultado dos exames.
A unica coisa que eu quero no momento é saúde para poder cuidar do meu Pedro.
Falo por mim e pela minha esposa Heloisa que tem feito de tudo para cuidar do Pedro e nesse momento de mim!!!
Um grande abraço a todos!!!
Boa noite Andrea. Sou psicologa, trabalhei com duas criancas com TEA na clinica, estabelecendo vinculo, e observando um salto no desenvolvimento dele. Esse ano decidi mediar uma crianca de 3 anos que nao desenvolveu a fala, e tem bastante dificuldade de interagir (contato visual, resposta a um estimulo, isolamento). Os funcionarios da escola fazem contencao, e obrigaram a crianca por exemplo a subir para a sala a forca. Fico muito triste, pois percebo que ele esta nervoso. Os professores dizem que e birra, mas acho que ele realmente fica frustrado. Estou com dificuldade de fazer essa transicao patio-sala, pois ele nao quer parar de brincar. Se puder me aconselhar sobre alguma estrategia para evitar ou lidar com esse comportamento fico muito agradecida.